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  • Foto do escritorYanara Miranda

RETROSPECTIVA 2023

Chegamos ao final do ano. A nostalgia toma conta dos sentimentos, e é hora de olhar para tudo que foi realizado durante todos os meses. Esse é um momento de relembrarmos as conquistas, refazermos os propósitos e juntarmos coragem para o próximo ano.


Por aqui, tivemos trocas muito importante para o nosso conhecimento e evolução social. Foram conversas escritas sobre conceitos relevantes e necessários, para compreendermos as mazelas da nossa sociedade. Aproxima-se foi a maneira que encontrei para dar boas-vindas para vocês e convida-los a se colocarem dispostos para nossas “trocas e conversas”.


Conversamos sobre conceitos como: o sexismo, o nosso grande e verdadeiro vilão. Falamos sobre o Patriarcado, outra maneira de nomear o sexismo institucionalizado. O Machismo (maneira de demonstrar superioridade masculina), o gênero (construção social sobre o sexo biológico), o racismo (forma sistemática de discriminação que tem a raça como fundamento).


Em um segundo momento do Blog, trouxe conversas escritas sobre variados temas socioculturais. A rivalidade feminina inaugurou essa segunda etapa. Tema esse tão necessário para desconstrução como mulher – desaprender tudo que nos ensinaram sobre competição feminina. Fizemos reflexões sobre “o que é ser homem”, e a necessidade de se desfazer de masculinidades não saudáveis – é importante entendermos que assim como a mulher, o homem não deve estar vinculado a estereótipos ou amarrados a uma única forma de ser.


Conversamos sobre luta no dia 8 de março - para além da simbologia romantizada e capitalista sobre a data, esse dia tem como objetivo, ser um momento para relembrarmos conquistas por direitos e justiça social, e para não esquecermos que ainda é preciso continuar. Tratamos de violência de gênero como algo indispensável para se colocar na roda – é preciso dizer repetidas vezes, se preciso for, que o Brasil é o pais que mais mata mulheres.


A luta antirracista trouxe um convite, ou melhor, convocou as pessoas brancas a refletir sobre suas responsabilidades dentro dessa estrutura social racista - “O racismo foi inventado pela branquitude, que como criadora deve se responsabilizar por ele”. Depois, foi a vez de pensarmos a maternidade como projeto do sistema sexista patriarcal, e que as consequências disso, é uma maternidade compulsória - que nos fez acreditar que toda mulher nasceu para ser mãe. 


Em seguida, nossa troca foi ancestral. Eu contei para vocês que o Brasil não foi descoberto, o Brasil foi invadido. Já existia nesse território uma cultura instalada, um modo de vida operante, uma sociedade habitante. Os povos originários já habitavam esse território. Em outra conversa, eu cheguei perguntando “qual seu referencial de beleza? ”, e “o que você faz para desfazer padrões impostos? ” Espero que tenha percebido que “gosto” tem muito mais de construção social do que escolha genuína.


Conversamos sobre Educação Sexual. E aqui, foi sublinhado em negrito, que educação sexual é educação, e só por esse conceito, já deveria ser valorizado - “Educação sexual é falar sobre higiene íntima, anatomia, fisiologia, autocuidado, autoproteção”. Logo depois, a conversa sobre o pacto da masculinidade veio denunciando o silêncio conivente dos homens para com seus iguais. E quem sempre perde, com essa dinâmica, são as vítimas – que na imensa maioria das vezes, são mulheres.


A lei Maria da Penha veio contar sua história, alertar mulheres sobre os cinco tipos de violência: Física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, e informar sobre como pedir ajuda e denunciar – disque 180. A conversa escrita do dia das crianças, trouxe a reflexão sobre: criança não namora – é importante descontruirmos essas abordagens adultas, sobre a criança. E dialogar, sobre sentimentos e sobre o respeito com as etapas da vida.


Depois foi a vez, de dar voz para os milhares de mães solo - mulheres que exercem sua maternidade de forma SOLO, sem parceiros ou mesmo com o estado civil casada ou separada. De acordo com o (IBGE), elas são mais de 11 MILHÕES DE MULHERES, sendo 61% NEGRAS.


A sexualidade feminina trouxe a ousadia de pensamentos, para desmitificarmos o conservadorismo imposto sobre corpos e prazer feminino - o prazer sexual é fundamental para o nosso direito, a um estilo de vida seguro e saudável. Conversamos, também, sobre a importância de refletirmos paternidades pelo viés das masculinidades. Que masculinidade é essa que acarretou uma porcentagem tão grande de pais ausentes?


Em outro momento, nossa conversa escrita apresentou um conceito acadêmico, pouco conhecido socialmente, mas de grande valia, como instrumento reflexivo, a Interseccionalidade - que tem como objetivos trazer a lógica de que mulheres negras são repetidas vezes atingidas pelo cruzamento e sobreposição de gênero, raça e classe. Então, somos muitas, somos múltiplas, não somos uma unidade única e igual. Temos atravessamentos distintos o que nos faz e nos obriga a experienciar situações diferentes.


Nossa conversa sobre carreira profissional feminina, contou que avançamos, mas ainda temos muita estrada para desbravar - São inúmeras as situações que exemplificam os desafios enfrentados pelas mulheres na sociedade, mesmo quando conseguem ingressar no mercado de trabalho. Logo em seguida, mais um conceito apareceu na nossas trocas e conversas – Decolonialidade: uma abordagem diferente da História - por registrar uma visão crítica sobre o passado e sobre suas mazelas e suas sequelas. É necessário, que recontamos a história do Brasil.


A conversa sobre relacionamento abusivo, trouxe a dinâmica da violência e fez um grande alerta: um homem não precisa ser necessariamente um abusador recorrente ou um machista convicto para que se comporte de maneira abusiva. Pois é um sistema que estrutura a sociedade e nossa subjetividade, e assim, qualquer mulher está sujeita a vivenciar um relacionamento dessa natureza.


E a última conversa escrita do ano, fez uma provocação a nossa sociedade sexista. Brinquedo de menino x brinquedo de menina, ou seria: brinquedo de criança? Separados por faixa etária de idade, de acordo com riscos ou dificuldade – mas sempre, brinquedo de criança.


Dessa forma, construímos pontes de conhecimento e troca, através dos textos escritos, disponíveis no Blog. Foram muitos temas e discussões necessárias para avançarmos. Cada um desses temas, foram muito bem pensado e elaborado, para atingir de forma honesta e descomplicada, o leitor. Os comentários, curtida e até mesmo repost do conteúdo, foram combustíveis para a caminha do blog. Espero, ter cumprindo o propósito de contribuir com reflexões e diálogos em volta de temas referente as questões socioculturais, através de uma linguagem acessível.


Encerramos as conversas escritas de 2023. O blog entra em recesso por um tempinho e volta com muito mais trocas e conversas em 2024. Até lá, vocês podem colocar em dia os textos que ainda não leram, aproveitar para interagir com as dicas e reflexão disponíveis e aguardar um próximo ano cheio de evolução e conhecimentos trocados. Gratidão pela companhia em 2023. Até logo.




REFERÊNCIAS:

  • Todos as conversas escritas estão disponíveis na pag. do blog

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Artista Peve Azevedo

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